Ternura, a essência do amor.
A
ternura torna a vida mais leve e descomplicada, ela
nos ensina a saber esperar.
A
vida da gente seria tão mais descomplicada se nela houvesse um pouco mais de
ternura. Sim, ternura para se perceber e perceber os outros com a singeleza que
é própria de uma folha embalada pelo vento. Ternura para compreender as
tristezas sob um ar de aprendizado e acréscimo.
O
terno não se permite amargar por decepções. Ele desenvolve a faculdade de
enxergar mais longe, indo além da simples experiência para perceber o positivo
que se esconde em cada realidade.
A
ternura nos ensina a saber esperar, a ter paciência diante de nossa fraqueza e
da alheia, aguardando o derradeiro momento no qual a virtude vai
verdadeiramente florescer. Muitos relacionamentos acabam por ausência de
ternura, em virtude de um fatal descuido nos detalhes. O que os
[relacionamentos] encerra não é tanto a ausência do amor, mas do cuidado
(ternura).
Existem
várias formas de amar, mas, apenas a via da ternura assegura sua (amor) correta
percepção. Amor sem ternura é verão sem sol, arte sem beleza, vida sem
movimento. O amor precisa de ternura para se encarnar e para se fazer sentir.
Muitos pais amam, mas não são compreendidos assim. Por quê? Será ausência de
ternura?
É
preciso investir na ternura, ela torna a vida mais leve e o amor
verdadeiramente perceptível. Ternura no olhar, falar, abraçar; o coração não se
desenvolve sem ternura, pois, ela nos transporta à nossa real essência: afinal,
viemos à existência por um ato de extrema Ternura. Não tenhamos medo de ser
ternos. Isso não nos diminuirá, ao contrário, nos enobrecerá e tornará nossa
vida mais feliz e sinceramente acompanhada (quem é terno atrai ternura).
Ternura,
simplesmente ternura! Isso, de fato, descomplicará e qualificará cada fragmento
de nosso todo. Sem receio e sem protocolos, ousemos e, no concreto de nossa
vida.
Pe. Adriano Zandoná
(Missionário Canção Nova)
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