sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Finados

A morte não é o fim

A morte encerra o “tempo de graça e de misericórdia” que Deus oferece a cada um para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último.
Não existe reencarnação; ensina a Igreja que : Quando tiver terminado “o único curso de nossa vida terrestre” (LG, 48), não voltaremos mais a outras vidas terrestres. “Os homens devem morrer uma só vez” (Hb 9,27).
Pela morte, a alma é separada do corpo, mas na ressurreição Deus restituirá a vida incorruptível ao nosso corpo transformado, unindo-o novamente à nossa alma (cf. Cat. §1016).
O que é “ressuscitar”?
Na morte, que é separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao passo que a sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado. Deus na sua onipotência restituirá definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos unindo-os às nossas almas, pela virtude da Ressurreição de Jesus (Cat. §997).
Todos os homens que morreram ressuscitarão. “Os que tiverem feito o bem sairão para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento.” (Jo 5, 29; cf. Dn 12,2).
Cristo ressuscitou com o seu próprio Corpo: “Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu!” (Lc 24, 39). Mas ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma nele “todos ressuscitarão com seu próprio corpo, que tem agora”. (IV Concílio do Latrão, (DS, 801); porém, este corpo será “transfigurado em corpo de glória” (Fl 3,21), em “corpo espiritual” (1Cor 15,44).)
Professor Felipe Aquino

Fonte: https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-que-a-igreja-ensina-sobre-a-morte/

terça-feira, 31 de outubro de 2017

O ministério da Catequese

Para bem realizarmos a missão da catequese é preciso organizar, planejar, programar, analisar, convocar recursos entre outras coisas. Mas nada disso funciona se não tivermos como horizonte onde a catequese se insere na missão da Igreja, ou seja, qual o seu objetivo dentro do objetivo maior da Igreja. 
A grande missão da Igreja é Evangelizar. Ela deve dar testemunho, pela palavra e pela ação, do grande amor de Deus que se revelou em Jesus Cristo para realizar a Salvação de todos. Salvação é vida, vida plena para a humanidade; é felicidade, paz e harmonia; é sentir-se amado por Deus; é conversão e perdão; é amor entre os seres humanos, filhos do mesmo Pai; é libertação de tudo que oprime o ser humano, antecipando assim a plenitude da Vida no eterno abraço de Deus. A salvação é o grande Projeto de Deus que Cristo veio concretizar.
A missão da Igreja não se limita aos seus próprios membros. A Igreja existe para o mundo, está a serviço do mundo e por isso deve ser fermento na história humana para que ela se desenvolva segundo o Projeto de Deus, que é o seu Reino. Mas para que isso aconteça ela precisa cuidar do crescimento e amadurecimento da fé dos seus próprios membros. 
É pela fé que os homens se tornam fiéis, membros da Igreja. A fé é uma adesão ao Deus que se revela em Jesus Cristo, adesão que implica a vivência do Evangelho e constante conversão. A fé é uma resposta livre e pessoal a Deus, mas esta resposta é apoiada e fortificada numa vivência comunitária. A fé cresce na medida em que caminhamos com a comunidade, que nos convida a uma constante conversão. 
Há ainda uma segunda dimensão da fé, que é muito cara à catequese. Ela é dom de Deus, que toma a iniciativa de uma relação pessoal e profunda com seus filhos. Deus se doa amorosa e gratuitamente. Ele deseja assim um encontro pessoal com cada filho que lhe responde com a fé. Neste sentido podemos dizer que a fé é uma resposta amorosa a Deus, que nos amou primeiro. 
A catequese é a educação da fé. Educação porque é processo permanente de amadurecimento da fé. Quem aderiu a Jesus Cristo, de fato, inicia um processo de conversão permanente, que dura toda a vida. Aquele que encontrou Cristo deseja conhecê-lo o mais possível. O amor por uma pessoa leva a desejar conhecê-la sempre mais.  A catequese deve levar o catequizando a amar e querer conhecer sempre mais a Jesus Cristo.
A catequese educa para a vida comunitária. A vida cristã em comunidade não se improvisa e é preciso educar para ela, com cuidado. O crescimento interior da Igreja depende da Catequese, por isso ela deve ser prioritária numa comunidade. Pelo batismo somos membros da Igreja e corresponsáveis pela evangelização e pela catequese. A catequese é uma responsabilidade de toda a comunidade cristã. Não é somente responsabilidade dos catequistas, dos padres, mas de toda a comunidade de fiéis. A comunidade tem a missão de acompanhar o processo de educação da fé das crianças, dos jovens e adultos e deve acolher os catequizandos num ambiente fraterno, tanto aqueles que estão entrando na comunidade de fé através da Iniciação à Vida Cristã ou aqueles que buscam sempre aprofundar a fé através da catequese permanente. 
Os pais cristãos são os primeiros catequistas de seus próprios filhos e a Igreja confere oficialmente a determinados membros da comunidade, especialmente chamados, à delicada missão de transmitir a fé, no seio da comunidade. São os (as) catequistas! 
Na Igreja o Bispo é o primeiro responsável pela catequese, o catequista por excelência. Aquele que alimenta uma verdadeira paixão pela catequese, que trabalha para que haja catequistas preparados para a missão. Logo após o Bispo, os padres, também educadores da fé, são responsáveis principalmente pela formação e acompanhamento dos catequistas. 

Equipe Catequese Hoje

Fonte: http://www.catequesehoje.org.br/index.php/diverso/organizacao-da-catequese/1043-o-ministerio-da-catequese-na-igreja

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Como nasceu a oração "Consagração à Nossa Senhora Aparecida"

Nas águas do rio que formam o vale, Maria se fez singela em uma pequena Imagem de terracota. Dos três pescadores que a encontraram, nasce o início da devoção que atravessa quase três séculos. Hoje, são inúmeros os filhos que oram aos pés de Aparecida, no Santuário Nacional, pedindo a intercessão junto ao Cristo.

A forma mais comum dessa demonstração de fé é a “Consagração a Nossa Senhora Aparecida”. Sempre que rezam, a partir dessa oração mariana, os devotos são tomados de grande comoção. As palavras da “Consagração”, quando pronunciadas, além de honrarem e reconhecerem Nossa Senhora como protetora nossa, são dirigidas ao coração de Jesus.

Quem primeiro decidiu realizar um momento de consagração a Nossa Senhora Aparecida foi o missionário redentorista padre Laurindo Rauber, diretor da Rádio Aparecida, em 1954. Entretanto, foi na voz do grande missionário redentorista Padre Vítor Coelho de Almeida que a “Consagração” tornou-se o programa da Rádio Aparecida mais ouvido. Por mais de 30 anos, o saudoso missionário do povo fez-se ouvir pelas ondas da rádio e, com seu timbre singular, proferiu, diariamente, a oração da “Consagração”. Até hoje no ar, o programa, exibido sempre às 15 horas, é o mais antigo e tradicional da Rádio.

Em 2013, a pedido do Papa Francisco, grande devoto de Nossa Senhora, foram incluídas três frases, na tradicional oração, para reforçar o eixo cristocêntrico de toda a devoção mariana. São elas: “Pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo”; “Vós que o Cristo Crucificado deu-nos por mãe” e “Celestial cooperadora”.

Fonte: do livro "Consagração à Nossa Senhora Aparecida" Ed. Santuário.